sexta-feira, 29 de abril de 2016

CHICO SEMPRE FRANCO
























Entrevista com Chico Franco, compositor, produtor cultural, ex-secretário de comunicação do município, pessoa de grande importância para a arte e cultura de João Monlevade e região. Além do mais, o sobrenome do Chico é mais que apropriado. Ele fala a verdade doa a quem doer. Mas vamos à entrevista.

1)–Você além de produtor cultural, foi um dos grandes vencedores em Festivais de Música. Lembra-se de quantos prêmios conquistou?
Primeiros lugares, 22 – segundos e terceiros, 32.
2)–Você sempre andava com músicos muito seletos,  principalmente uma cantora de voz imponente. Quais eram seus principais parceiros?
Eu tive como parceiros o Viola (Geraldo Lessa) , posteriormente o João Rosa. Também meu filho Afonso Henrique. A cantora era a Miriam Tavares.
3)–Você sempre foi um semeador de cultura, Inclusive foi responsável pelo nascimento do Festival da Música em Alvinópolis, realizado há 36 anos consecutivos. Como foi a história do surgimento do festival de Alvinópolis?
Eu era muito amigo do Dico Lavanca e do José Santana, que  já era deputado.  Eu  chegava de um festival em que eu havia  vencido, estava até com  o troféu nas mãos, quando encontrei  com eles. Eles me perguntaram o que era, eu respondi, conversamos  sobre o assunto, eles gostaram e pediram que eu realizasse um em Alvinópolis  Fui  lá, detalhamos e realizamos junto com uma turma de formandos. Foi uma festa bonita em que saiu vencedora uma turma de Sete  Lagoas.
4)–Monlevade fazia festivais maravilhosos. Teve uma primeira fase, sempre com Guido Walamiel no meio. Eu cheguei a participar de um desses festivais no Grêmio. Você participava nessa época?
Participei de um em que fiquei em segundo lugar com música defendida pela Neide Roberto.
5)–Depois você levou  o FESTIVAL dos FESTIVAIS de Minas para Monlevade. Como foi essa experiência?
Foi boa,   apesar de ter apresentado  meu protesto junto  à  comissão da Turminas, promotora do evento,  por ter colocado  no júri um tal de Kiko Ferreira, um analfabeto que se meteu a poeta naquela  época. A Turminas tinha interesse em  promovê-lo, mas eu estava tão certo que ele nunca mais apareceu. E meu protesto foi antes de iniciar o festival. Mas valeu porque as músicas vencedoras eram ótimas.
6) –Por que você acha que os Festivais deixaram de ser realizados?
A música tomou um caminho que foge totalmente ao valor artístico. Não há harmonia bem trabalhada, não há a candura literária e até  a questão rítmica tem as suas implicações nos dias de hoje (a priori). A seleção de cantores não existe mais. Basta  ser bonitinho, a exemplo das novelas.
7)-Nenhuma modalidade de eventos abre mais vitrines para novos artistas, nem movimenta tantos músicos. Um festival pequeno movimenta no mínimo 100 músicos, poetas e compositores. O que fazer para que os festivais voltem a cair no gosto do povo e para que as prefeituras e outras instituições passem a acreditar e a investir?
É questão da qualidade. Ninguém  vai a um festival para ver a música da “metralhadora” e nem da eguinha  xopotó.  Muito menos letras como as da maioria dos Funks, que chegam a deprimir as mulheres.  Prefeituras e nenhuma instituição patrocina essas coisas.
8)–Qual a análise que você faz do público consumidor de cultura hoje em dia?
Perdoe-me,  mas eu não gosto da expressão “consumidor de cultura”. Ela abre caminho para tornar o corriqueiro em cultura. E é justamente o que vem acontecendo. Vivemos a época   das cavalgadas. Uma modalidade de entretenimento que tomou o nome de cultura, mas que, nos Estados Unidos, teve fim há duzentos anos. Na era do faroeste.  O Brasil é  mais novo do que os Estados Unidos somente cinco anos.  E festa, shows etc não é cultura, É entretenimento. Cultura é outra coisa. Está impregnada na pessoa  que buscou, ao longo de suas experiências, entender situações,  Saber o que é arte e o que não é. Entender que até o que comemos e  vestimos são questões culturais. É justamente por isto que a cultura é uma forma seletiva de pessoas. 
9)–Como você avalia o futuro da música? Há espaço para a poesia, para conteúdos mais profundos,  para músicas mais elaboradas?
Como há!  João Bosco e Chico Buarque lançaram  há pouco  tempo a música Sinhá, que retrata o romance que se tornou novela por umas quatro vezes.  Ouça e veja que coisa linda.  P que não esta havendo é mercado, que  sucumbe à aquilo que não é cultura. Por isto não  há espaço. Mas o futuro, em tudo neste mundo, é de quem sabe.
10)–Como você acha que o poder público enxerga a arte e a cultura?
É cego. Enxerga o voto, porque o voto dá o poder
11)–O que você acha da frase “cultura não dá voto”. Será que tudo tem de gerar voto?
Para o político, na atual conjuntura, é assim. Só o voto interessa.  A cultura que se dane. O saber que se dane. O futuro que se dane.
12–O que você diria para os prefeitos e secretários de cultura sobre cultura? Ou não diria nada?
Nada, porque eles também não entenderiam nada.
13)-Você continua compondo? Já pensou em produzir e gravar suas músicas?
Parei. Nunca pensei em gravar profissionalmente.
14)-Já pensou em escrever um livro – seja de ficção ou romance – passando um pouco das experiências e pensamentos para quem está chegando?
Nunca havia pensado. Ultimamente estou escrevendo um sobre minha  família, desde as origens, portuguesa, espanhola, e eu, particularmente que carrego também sangue de francês.
15)–Que conselhos você daria aos artistas de hoje? Popularesco ou arte pela arte?
Arte pela arte. Popularesco já temos muito que figuram ai  em duplas, que estão todos os dias nas telas da televisão, que atormentam nossos ouvidos nos carros de som, enfim, precisamos é de novos  Grande Otelo, Paulo Autran, Bibi Ferreira, Tom Jobim e outros tantos para purificarem esses ares que estamos respirando ultimamente.
16)–João Monlevade está completando 52 anos. O que você deseja ou projeta para a jovem cidade?
Meus votos são para que o nosso povo deixe de votar em politicos profissionais, que pensam somente neles, e em candidatos amadores, desprovidos de qualquer capacidade administrativa,, como estamos vivendo atualmente, para que nosso município tenha o seu lugar ao sol como sonhado por todos os seus pioneiros.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

ENTREVISTA COM MÁRCIO GREYCK

O MÉDIOPIRA desta semana circula apenas pela internet por causa do feriado.  Nesta semana vamos sair um pouco do script para entrevistar um artista de BH, mas que se apresentará na excelente Kissussêgu Shows e Eventos, casa de espetáculos de João Monlevade mais voltada para um público que gosta de sair pra dançar, pra curtir bailes e horas dançantes, um público um pouco mais maduro, mais exigente e com melhor poder aquisitivo. Pois a Kissussêgu dessa vez ousou e está trazendo, no dia das mães um show com o grande Márcio Greyck, um grande ídolo dos anos 70 que compôs diversas canções famosas. Márcio Greyck é mineiro de Belo Horizonte e teve músicas gravadas em diversos países. Mas vamos à entrevista...

1-        Como você entrou para o mundo da música?

Meu começo foi em Belo Horizonte depois de muitas serenatas embaixo das janelas das namoradas e amigas, influenciado pelo que era de costume nos anos 60.
2-  Você se considera mais intérprete ou compositor?
Creio ter sido mais um cantor intérprete durante um bom tempo, até me descobrir compondo canções!
3- Tem uma ideia aproximada de quantas músicas compôs ao   longo da sua carreira?
Eu nunca contei às canções que fiz, mas penso que já passa de 50 apesar de não me considerar um compositor de quantidades!
4-Quem já gravou músicas suas?
Incontáveis intérpretes gravaram canções minhas tais como: Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Agnaldo Timóteo, Fábio Junior, Rosana, Daniel, Zezé di Camargo e Luciano, Sérgio Reis, Verônica Sabino, Rita Ribeiro, Toni Platão, Wilson Simonal, etc. e etc.

5-         Quais são as suas principais influências?

Minhas influencias vem primeiramente do romantismo dos anos 60 e depois com a revolução musical dos Beatles e a beatlemania que também era romântica, e que influenciaram a Jovem Guarda e conseqüentemente toda a minha geração!

6-         Você tem um método de composição? Como é o seu processo criativo?

Meu processo criativo começa com a inspiração e depois muito trabalho para sintetizar e concluir o conceito.

7-         Você é músico de partitura ou de ouvido? Você é músico de partitura ou de ouvido?

Sou um músico autodidata que acabei por aprender um pouco de cada instrumento apenas observando e insistindo em pelo menos tirar nota sete em cada; já que a nota dez, eu não consegui ainda em nenhum..., hehe! 

8 - Você é compositor de uma das mais belas melodias da MPB que é “ Impossível acreditar que perdi você”. Essa música foi gravada por muita gente?

“Impossível acreditar que perdi você” é uma canção considerada como um fenômeno dos anos 70 e que já conta com quase 80 regravações por intérpretes de vários estilos e seguimentos musicais no Brasil e exterior!


9-          Como você classificaria o seu estilo musical?

Creio ser eclético no meu modo de pensar, mas o romantismo segue sendo o norte das minhas composições!
10 - Você fez parte de um movimento na época que tinha os galãs, aqueles sujeitos de rostos bonitos que as meninas adoravam a colecionar pôsteres das revistas da época. Usando o vocabulário de hoje: você pegou muita gente?
Hehe..., eu sempre fui um falso galã, com apenas um metro e sessenta e quatro, mas que também vivenciei a revolução social e comportamental que a minha geração impôs e que naturalmente, eu também colaborei com isso!

11- Eu sei que existe um certo preconceito e muitos artistas tem medo de serem chamados de brega. Você fez parte daquela geração de cantores como Agnaldo Raiol, Odair José, Antônio Marcos, Fernando Mendes. Você também se considera brega? Tem algum problema com o rótulo?

Aprendi a não crer nos rótulos e a deixar que o próprio público defina o que é ser brega ou não, independentes do contexto em que você se insere! Não tenho preconceito algum com esse estigma que para mim já se misturou com vários outros conceitos, mas que na verdade, parte do principio do que é popular!

12- Quais foram os músicos que gravavam com você?

Tive o privilégio de gravar com grandes músicos nas várias etapas da minha carreira, inclusive, um disco inteiro com o grupo, Roupa nova!

13- A Música brasileira tem essa premência em lançar novas músicas e com isso vai de certa forma relegando grandes artistas ao ostracismo por muito tempo. Você andou meio sumido. O que andou fazendo neste tempo?

Houve um grande hiato em minha carreira por conta de uma grande desmotivação que me aconteceu, e que me fez afastar por quase quinze anos em que estive recluso em meu sitio em Saquarema RJ fazendo uma espécie de autoterapia! Mas não parei de compor e isso fez parte do objetivo! Recuperada a motivação, me dei “alta” e voltei á estrada!

14- E sobre o momento atual? O que você anda trabalhando? O que você apresenta em seus shows?

No momento estou preparando o lançamento do meu livro “O menino que eu fui...” e espero também poder mostrar novas canções, que se acumularam durante esse tempo e que ainda estão inéditas!

15- E para o futuro? O que está no forno? Tem músicas novas pra sair?

Apesar das condições hoje bem adversas para quem parou por tanto tempo, terei que fazê-lo então de forma independente, o que é mais difícil, naturalmente!

16- Você conhece João Monlevade? Já se apresentou na região?

Estive em Monlevade participando juntamente com outros artistas em uma produção do Aggeu Marques que promoveu um encontro musical em prol da duplicação da BR 381! Não me esqueço do carinho com que fui recebido no palco!

17- Qual o recado você quer enviar para os milhares de fãs da região?


Que me orgulho de ser mineiro e de guardar no coração toda essa nossa cultura peculiar!...E que me aguardem..., hehe! 

sexta-feira, 15 de abril de 2016

SILVANA E A MÁQUINA DO TEMPO

Conheci Silvanna nos Festivais de música dos anos 80. Desde então acompanho sua carreira. Admiro essas pessoas destemidas, que pegam e fazem, que tem coragem, que não tem medo de mudar, de encarnar personagens, de desafiar o conservadorismo interiorano e botar o pé no mundo. Silvana talvez seja a artista do Médio Piracicaba que mais desbravou o Brasil fazendo música. Como vocês perceberão na entrevista, já viajou o Brasil de cabo-a-rabo encantando as multidões. Silvana é artista operária, pau pra toda obra, popular, inteligente e ousada. Ao mesmo tempo que tem experiência, traz no olhar a inocência interiorana e a simplicidade dos artistas de verdade. É o que você confere a partir de agora na entrevista para o MEDIOPIRA.


1)      - O que você ouvia na sua infância em S.D.do Prata?

Nasci em São Domingos do Prata, mas fui morar em Ilhéus do Prata(distrito),e lá passei a infância ouvindo Nalva Aguiar, Trio Parada Dura, Almir Rogério, Gino e Geno, Tonico e Tinoco, através do meu pai que ouvia muito sertanejo e tocava acordeon pra gente cantar .

2)      - Como foi a sua iniciação musical?

A maior parte da infância foi em Ilhéus, mas anos depois, de volta ao Prata onde passei parte da infância e adolescência, comecei a cantar no coral da igreja. Dos 10 aos 14 anos estava lá cantando nas missas. Nessa época já não ouvia apenas as músicas dos discos do meu pai. Comecei a ouvir rádio, ver clips na tv e fui descobrindo Rita Lee, Roxette, The Police, Kid Abelha,Led zeppellin, Yes, Madonna, Michael Jackson, etc. Gostava muito de cantar em casa, cantava o tempo todo.

3)      - Você chegou a participar de festivais de música?

Aos 15 anos já começando a compor minhas próprias músicas me inscrevi no festival de música da cidade, escondido dos meus pais, pois sabia que eles jamais me deixariam participar, mas consegui me apresentar e fiquei em terceiro lugar. Com o prêmio comprei meu primeiro violão e dai não parei mais! Depois de ter conquistado o terceiro lugar nesse festival  com a música `Máquina do Tempo`, montei uma banda de rock na cidade com este nome e comecei a fazer shows na região. Aos 17 vim pra BH e comecei a cantar em barzinhos, e participei uma boa temporada do extinto programa Ò POVO NA TV` com Dirceu Pereira na Tv Alterosa.

4)      - De quais banda participou? Dá pra citar algumas delas?

Em dois meses que já estava em BH entrei numa banda baile, Banda Sollar, e ali fiquei por 4 anos viajando pelo Brasil cantando em vários estados, ficávamos meses em Mato Grosso, Bahia, Ceará, fazendo temporadas ! Minha maior escola foi  essa banda onde comecei a cantar de tudo e não apenas  rock. Depois  participei da banda Mad Marx que misturava rock alternativo com eletrônico,e letras  de Marcelo Dolabela. Mas depois reativei a Máquina do Tempo que esteve adormecida por quase 5 anos  e está ate hoje na ativa além de Banda Medusa que é minha banda baile e também continua em atividade.

5)      - Tem noção de quantas cidades já tocou? Em quais estados?

Não tenho certeza, mas em tantos anos na estrada creio que em umas 5 mil cidades. No Brasil só não cantei nos Rio Grandes do Sul e do Norte.  De Santa Catarina ao nordeste cantei em todos os estados. E Já tive vários convites pra cantar no exterior, como Nova York, Boston, e temporada em navio na Europa, mas não tive como ir, pois tinha de cumprir a agenda daqui que estava sempre lotada.

6) - Você já se apresentou em todo tipo de espaços. Desde churrascarias até mega-palcos pelo país afora. Qual foi a maior e a menor estrutura em que se apresentou?

Já cantei em palcos de todos os tipos, em feiras agropecuárias de grande porte, abrindo shows de sertanejos famosos no mesmo palco, mas a maior estrutura que tive a chance de cantar foi na praça da estação em BH ,num evento da rádio BH FM junto com vários artistas de renome nacional e internacional como Latino, Alexandre Pires,e Double You ! Eram umas 50  mil pessoas, e eu também fui atração  por causa de  minha música” ìf you walk away`”que estava na programação das rádios mineiras. Foi inesquecível pra mim toda aquela multidão cantando minha música. A menor estrutura creio que em barzinhos, onde não tem palco, canto junto das pessoas, mas é muito gratificante também pois, pela proximidade percebo muito mais o carinho das pessoas com o meu trabalho. Fora isso já cantei muitas vezes em caminhão, em palanques caindo aos pedaços por ai! Faz parte!

7) - Você já fez cover da Madonna em uma fase de sua carreira. O que acha dos covers?

Eu sempre fui muito fã da Madonna, quando a vi na tv pela primeira vez, disse pra mim mesma que era o que queria fazer na vida, ser que nem ela, coisa de adolescente né? Mas como sabia todas as músicas, pintei o cabelo de loiro e comecei a fazer cover dela aqui em BH nos bares e boates, no Teatro Francisco Nunes lotando todos os shows, dando inclusive alguma repercussão na mídia local em tv, jornais, etc.! Aproveitando o auge de sua fama ,viajei por Minas e pelo Brasil fazendo cover dela. Mas minha preocupação era ficar parecida na voz. Um cover perfeito com a voz parecida acho bacana de se ver.

8) - Você também já se arriscou no terreno autoral. Conte pra nós essa experiência.

Sim, sou compositora. Ainda guardo meu caderninho com umas 300 músicas autorais. Gravei um vinil (LP) independente em 93, pop dance, com músicas próprias e 2 regravações. Em 98 tive três músicas tocando muito nas rádios mineiras, e era apenas uma demo, que repercutiu muito e acabei assinando com o selo  Pride Records, uma gravadora independente de São Paulo, lançando um cd em inglês e espanhol intitulado” Syl”!O cd tocou muito quando era uma demo. Quando a gravadora entrou no negócio as rádios travaram as músicas ,querendo o famoso “jabá”. Mas  a gravadora era pequena e não tinha como bancar o esquema. Depois disso gravei mais um cd de dance e pop romântico em 2008,  misturando regravações e autorais. Também tive um projeto  sertanejo por dois anos ,lançando um cd e dvd,’Silvanna e os Cowboys”gravado no Prata ,e fiz bastante shows com este trabalho. Na época a internet não tinha tanta força, senão creio que a história teria sido diferente! A internet ajuda muito se vc souber usufruir dela!

9) - Quais os seus projetos hoje em dia? Está com quantas bandas e trabalhos pessoais?

Hoje em dia  estou com quatro projetos em atividade! Silvanna e a Máquina do Tempo – shows solo  em barzinhos, festas particulares, ou com a banda completa em  casas de shows,e  festas temáticas flashbacks anos 60,70,80,etc. Banda Medusa: banda baile 12 pessoas para formaturas, festas de cidades, carnaval, réveillon, etc Grupo Top Class: quarteto para casamentos, eventos empresariais, confraternizações. eventos em geral Virô Balada: quinteto de 3 cantores e dois músicos,show eletrônico para casas de shows,praças ,etc.

10) - O que projeta para um futuro  próximo? Novos Cds? Shows? Dvd? Internet?

Quero dedicar ao meu novo projeto  o“VIRÔ BALADA”,um projeto eletrônico onde pegamos hits  de sucesso do passado e do momento de qualquer estilo e transformamos em dance eletro funk melody! Já fiz alguns shows, mas ainda estamos produzindo o repertório! Pretendo fazer um clip e lançar um canal na internet! Mas enquanto o virô balada não engrena, a máquina do tempo não para! Graças a Deus eu tenho muita energia e capacidade e sempre gostei de  tocar vários projetos ao mesmo tempo!

11) - Qual a sua relação com a sua cidade natal? São Domingos do Prata reconhece o seu trabalho?

Tenho parentes e amigos lá,é minha cidade que amo muito, mas na verdade eu canto em toda região, menos no Prata! Canto em Dom Silvério sempre, Bela Vista , Alvinópolis, em João Monlevade sempre me apresento, seja em festas particulares ou em casas de show como o Kissussegu, mas no Prata não tenho participado das festas, nem mesmo da festa da cidade. Uma pena, pois tenho público lá que me pergunta nas redes sociais quando irei ,mas como falei shows pra mim não falta, faço uma média de 20 shows por mês com meus projetos!


12) - Deixe seus contatos para shows, sites, redes sociais, etc...

Meu facebook é SILVANNA MARTINS
SITES:
shows:

31-98650 7657 - 31-99996 9340 - Zap:31-99208 3022

quarta-feira, 13 de abril de 2016

BANDA CONCRETO, A FORTALEZA DO ROCK...

O MEDIOPIRA orgulhosamente apresenta a vocês a ótima entrevista com o Marco Túlio Fidélis, Monlevadense que integra a banda Concreto, uma das mais respeitadas do cenário independente mineiro. O Concreto acaba de retornar de uma bem sucedida apresentação em Nova York e está a pleno valor, com trabalho novo, muita inspiração e transpiração. Mas vamos à entrevista...
1 - Como vocês escolheram o nome CONCRETO?
Marco Túlio Fidélis -  Queríamos um nome com uma palavra e em português. Um nome que tivesse peso, como o som da banda. Concreto veio daí.
2) - Até que ponto tem MONLEVADE no Concreto, já que dois integrantes são da cidade e da região?
Marco Túlio Fidélis - Monlevade é tudo, o começo de tudo. Em fevereiro de 85, a família do Marcelo mudou de BH para Monlevade e ele foi estudar na minha sala no CENTEC na Vila Tanque. Tínhamos 13 anos, meu irmão Adriano tinha 10! Como ele já tocava desde os 6 (!) me ensinou e eu ensinei meu irmão. Começamos e não paramos mais. O primeiro baterista era o Danilo Loss, irmão do Marcelo. Eu, Adriano e Marcelo tocamos juntos a trinta anos. E em 85, depois do primeiro Rock in Rio, que acompanhei maravilhado pela TV todo mundo queria ter uma banda de rock. Isso incentivou muito!
3) - Vocês integram uma banda de rock pesado que de certa forma foi na contramão das outras bandas do gênero ao compor suas músicas em português. Até que ponto isso prejudica ou beneficia vocês?
Marco Túlio Fidélis: Cantarmos praticamente só em português acredito que nos torna diferentes. É muito difícil cantar rock pesado em português sem soar piegas, mas é o que sai da gente. De certa forma é natural. Não direcionamos nada, apenas deixamos fluir sem amarras. O grande boom do rock '80 no Brasil de certa forma também nos influenciou a cantar em português. Rock in Rio mais Rock Brasil '80 misturou na nossa cabeça e começamos a cantar pesado e em português. Vai entender...
4 - Como é o processo criativo da banda?
Marco Túlio Fidélis: Nas composições eu geralmente venho com as letras, o Adriano e o Marcelo com as harmonias. Eles criam os rifs e eu crio a melodia que vai ser cantada em cima da harmonia criada. Às vezes eu venho também com rifs e o Marcelo e o Adriano com letras, mas a regra é o contrário. E vamos experimentando, mudando palavras, mudando andamentos até satisfazer aos nossos ouvidos. E eu sempre tenho a preocupação da poesia "sobreviver" sem a música. A letra tem que ser forte sozinha. Pra depois virar música. Gosto de colocar o ouvinte pra pensar. Abordando temas como religiosidade e comportamento humano.
5 - Como vocês avaliam o cenário musical do momento?
Marco Túlio Fidélis: O cenário musical entendo que está rico. A grande mídia ainda não sabe onde achar essa riqueza. Está presa ao passado que não existe mais. Existem muito talentos que passam despercebidos pela grande mídia. Sempre existiram, mas antigamente o visual não era tão importante como hoje. Então tínhamos talentos na grande mídia.Hoje o visual conta muito e a música é deixada de lado. Para se ter acesso a coisa boa tem que garimpar.
6 - Quais são os planos para o futuro imediato? Vem material inédito por aí? Estão compondo e ensaiando?
Marco Túlio Fidélis: Temos dois documentários pra lançar que estão saindo do forno. O show com o Vinny Appice que foi batera do Dio e do Sabbath e o show de New York. Estamos ensaiando e compondo. Vem disco novo em breve. Conseguimos captar de uma maneira bem profissional esses dois shows. Nos EUA levamos um cara só pra filmar e registrar tudo. 
7 - Vocês acham que o CD realmente acabou ou ainda tem sobrevida? Como pretendem lançar os próximos trabalhos?
Marco Túlio Fidélis: Acho que o cd será como o vinil, não vai acabar e vai se restringir a um público bem específico. Hoje muitas bandas estão fazendo lançamentos em vinil, que leva vantagem em relação ao CD. Vinil tem o som bem melhor na minha opinião.
Então eu não me surpreenderia se o vinil ultrapassar o cd na preferência das pessoas.
8) - Vocês acabam de retornar de uma apresentação em Nova York. Onde vocês tocaram por lá e como foi a gig?
Marco Túlio Fidélis: Tocamos em um pub chamado Gussy's Bar em Astoria no bairro do Queens.Todo ano em New York tem um festival cultural chamado CMJ. É como se fosse o Festival de Inverno que tem em Ouro Preto. Fizemos a nossa inscrição, mandando material, fotos, músicas, etc. Não conseguimos entrar no evento oficial, mas por causa do material que a gente mandou o dono do pub entrou em contato com a gente e metemos a cara! Pra entrar na programação oficial é muito difícil, ainda mais da primeira vez. Mas ano que vem tentaremos de novo com mais chances e já com uma ida lá na bagagem. Fizemos vários contatos lá e provavelmente na próxima vez teremos umas cinco datas ou mais. O nosso EP com quatro músicas que lançamos esse ano foi gravado no estúdio do Eminence com o Alan e com o André Marcio, grande batera de BH e que foi baterista do Overdose. Sem dúvida. Quem tem nos mostrado "o caminho das pedras" e nosso amigo Alan Walace da banda de BH Eminence. Eles já tocaram nos EUA e na Europa várias vezes. Nós levamos ele pra NYC tipo como um tour menager. E esse EP foi mixado e masterizado na Dinamarca com um cara chamado Tue Madsen. Ele já fez Rob Halford, Judas Priest, Sick of it All... O Tue veio ao Brasil para fazer os dois últimos trabalhos do Eminence e ai o Alan nos passou o contato e ele aceitou mixar e masterizar a gente. O EP se chama Bruto e tem no nosso site www.bandaconcreto,com.br. O som ficou muito foda, ficamos com som gringo! Depois dêem uma ouvida pra conferir
9) - Vocês estão a um bom tempo no mercado, assistiram ao nascimento e ao fim de várias bandas e se mantém firmes e revigorados. Qual o segredo desse tesão, dessa firmeza, dessa persistência de objetivos?
Marco Túlio Fidélis: Realmente vimos muita coisa e em muito lugares, muitas bandas ficam pelo caminho. Acho que não existe um segredo, existe muito amor pelo que se faz. Simplesmente não conseguimos parar! Embora todos tenham família e filhos a música move nossas vidas.
10) - Quem quiser contratar um show do CONCRETO tem de falar com quem? Quais os links indicados para quem quiser conhecer o trabalho da banda?
Marco Túlio Fidélis: Pra fechar shows é com a gente mesmo. Tem o email bandaconcreto@gmail.com e tem o site www.bandaconcreto.com.br. No site tem muitas fotos, vídeos, o novo EP e um monte de informações.

terça-feira, 12 de abril de 2016

SOUL DUSAMBA. A BANDA DO MOMENTO

Se tem uma banda do MédioPiracicaba que merece o sucesso que vem conquistando é a SOUL DU SAMBA. Já começa pela escolha do nome, bonito e sonoro. Parece nome de banda consagrada. Isso ajuda. Mas não é só isso. Também teve a sorte de reunir artistas experientes, bons músicos com alma pop, que se harmonizaram muito bem e tocam com extremo prazer. Pra completar, a turma é boa de marketing e invade as redes sociais, lança produtos o tempo inteiro, seja cds, seja singles, seja DVDS. Não é a toa que é no momento a banda mais profissa da região, a que tem mais mercado, cujos shows cabem tanto em boates como em exposições agropecuárias, carnavais, uma banda que casa com tudo, que segue tocando com tesão e espirito de brincadeira. Conversei com MARCO AURÉLIO, cantor e um dos idealizadores do Soul Du Samba. Na entrevista, um verdadeiro raio X na carreira da banda. Então vamos à entrevista...
1)     O Soul do Samba juntou músicos de dois grupos de reconhecida qualidade: a banda de Rock Infocus e a banda de samba VEM SAMBÁ. O Soul do Samba mistura Rock com samba, mas o nome remete à alma do samba. Qual o percentual de rock e o percentual de samba da banda?
O nome é sempre algo muito difícil em uma banda ne rsrsrs? Queríamos um nome que mostrasse esta junção de dois estilos e também que mostrasse um pouco de onde cada grupo veio. Daí nasceu o Soul Du Samba. Remete um pouco ao rock com pitadas de black music que faziamos e o samba dos novinhos (apelido que a parte sambista da banda leva porque realmente são muito mais novos que os velhos do rock rsrsrs)...Acredito que seja  50% samba 50% rock e isto você percebe claramente nos shows.
2)      No passado existiram artistas que fizeram uma interessante fusão de samba com rock, um estilo que ficou conhecido como Samba Rock. A primeira vez que ouvi algo no gênero foi com Lee Jackson, que misturava riffs clássicos do rock com baterias de samba. Teve ainda o Trio Mocotó, outro precursor. Depois teve Jorge Ben Jor, que levou a guitarra pro samba. Hoje em dia talvez o maior representante do gênero seja o "Seu Jorge". O Sambô também faz um trabalho de fusão. E o Soul du Samba? Como vocês se enxergam nesse contexto? Quais o diferenciais da banda?
Marcos, eu acredito que o nosso diferencial, que chamou tanta atenção no inicio foi misturar riffs de guitarra , distorção e sintetizadores no samba . Isso fez com que as pessoas olhassem pra gente naquele momento.Todos os artistas citados acima tiveram um papel muito importante para o samba rock no brasil. Preciso citar que realmente eu não conhecia o Lee Jackson e quando li sua pergunta corri ao youtube para me salvar rsrs.. o soul du samba deve muito a este cara mesmo sem a gente ter se conhecido rsrsrs. (todos temos influências).
3)     Lembro-me de quando o Marco estava com a ideia de criar uma banda que juntasse a força do rock com o swing do samba. O rockbrasil já passava por uma fase de decadência e o Marco tinha essa urgência em experimentar algo novo e sair da mesmice. E aí? Valeu à pena?
Eu realmente vinha tocando com a Banda Infocus a 15 anos ininterruptos e a cada dia que se passava sentia vontade de fazer algo diferente. O mercado na ocasião estava isso péssimo e aquilo estava dando com um desanimo musical enorme. Cheguei a pensar em parar, pois ja tinha tentado de tudo e não aguentava dar mais murros em ponta de faca.Foi quando Thiago, guitarrista do Infocus e o Arthur, ex "Vem sambar" junto ao produtor Jader tiveram essa ideia. O sambô estava começando a aparecer tocando rock em forma de samba e dai o Jader disse: - poxa, esses caras são bons mas não são rockeiros rsrs. Vcs já pensaram em fazer algo assim, mas colocando pitadas de rock que é o que vocês sabem fazer? Ai respondemos: - mas nós são somos sambistas rsrsrs. AÍ ele retrucou: - arrumem alguns....kkkkk. Pronto! Ele colocou a minhoca em nossa cabeça. Como bom rockeiro tive um pouco de medo, mas fui vencido pelos meus amigos. Dali a achar o resto da turma durou alguns meses, algumas reuniões e eu sempre achando que aquilo não ia sair do papel. Em Out de 2012 fizemos o primeiro ensaio e no dia 5 de jan fizemos o nosso show de estreia onde apostamos tudo, até nossa dignidade kkkk...pois a unica certeza que tínhamos é que a provação do povo seria 8 ou 80. Graças a Deus aquele dia entrou pra história da banda e dali em diante o trem não parou mais...
4)     Essa ousadia levou vocês bem longe. Quantos shows fizeram e em quantas cidades. Quais os shows mais importantes?
O ano da estreia 2013 foram cerca de 120 shows. Aquele ano mudaria nossas vidas kkk. Depois disso paramos de contar a quantidade de shows. Foram tantos shows importantes. acredito que o primeiro seja o que mais mexeu com o intimo de todos, porque como era uma aposta e não tínhamos a minima ideia se o público ia gostar ou não...se o show iria funcionar. Além disso usamos na publicidade uma foto nossa que só mostrava a sombra lkkkkkk. Era algo do tipo, vem ai a mais nova banda de samba rock da cidade e uma foto só com nossa sombra pra criar curiosidade na galera...kkkkkkk. Foi uma loucura porque alguns amigos sabiam da junção das bandas ai começaram burburinhos na cidade: -Nohh! Fiquei sabendo que a Infocus acabou e juntou com um grupo de pagode . Noh! Fulano arthur agora vai tocar rock, marquinhos vai cantar samba kkkkkk... Com este burburinho aguçou a curiosidade da galera e a fila da estréia virava quarterão no dia do show.... Foi Inesquecível... Depois acredito que a gravaçao do 1 cd e dvd que foi 3 meses depois deste primeiro show foi algo super emocionante, eu  ja subi no palco chorando e continuei ali engasgado por mais umas 3 musicas...kkkkk. Abrimos muitos shows legais como o próprio sambô , mas nada se comparado a gravação do primeiro e segundo cd e o lançamento dos mesmos. ahhhh ja ia me esquecendo...Nossa passagem pelos bastidores do Super Star foi mágico. Recebemos a ligaçao: - Alo, vcs são do soul du samba ?- Sim . - Aqui é do Super Star da Globo e vcs foram selecionados para a audição. A moça ficou falando tempos e Thiago calado sem falar nada.. Ela desligou e ele teve que ficar ligando pro mundo pra ver se não era trote rsrsrsrs...Acabamos não entrando, más foi uma emoção diferente.
5)     Como vocês elaboram os roteiros dos shows de vocês? Como é a escolha das músicas?
Marcos, a primeira Turnê foi algo muito instantâneo. Estávamos nos redescobrindo .A gente aprendendo a tocar samba e a galera do samba aprendendo a tocar rock. Tinha muito do set list da Infocus ali, até porque ja sabíamos o que no show iria funcionar e ai era só colocar o samba na parada. Não tínhamos muito tempo, porque o começamos a ensaiar em out 2012 e o Jader marcou o primeiro show pro dia 05 de Jan de 2013. Me lembro que na semana do show vimos que o show inteiro não rolaria por causa do tempo e decidimos dividir o show. Ele começaria samba rock no meio pararíamos e tocarianos 4 rocks pra mostrar o que faziamos antes e depois 4 sambas pra mostrar o que os meninos faziam antes da banda e terminaria o show voltando o samba rock. Isto deu tao certo que fizemos este show o ano todo ..os 120 shows kkkkk.... O mais legal disto tudo que hoje usamos o rock e o samba nos carnavais que fazemos tb e além disto temos um projeto de samba de roda que começou a pouco tempo todo domingo na castelo branco que se deve muito a este sambinha da primeira turnê.  Este samba tem dado uma média de 600 a 800 pessoas todo domingo... Esta segunda Turnê que é o nosso segundo cd/dvd , estamos na  metade dela ja foi algo com mais tempo pra planejar, samplear elementos que não tinhamos na banda, pensar melhor no repertorio escolhendo coisas que tb gostariamos de tocar etc....
6)     Como as pessoas tem reagido aos shows do Soul do Samba? Elas tem interagido?
O segredo do nosso show é ser extremamente interativo, é dar o tom e deixar a galera cantar. Se colocarmos uma musica e o povo nao cantar ela volta mais uma vez em um outro tipo de publico. Se não funcionar tá fora lkkkk. Acreditamos em música simples que faça o povo cantar. O simples sempre foi mais bonito.
7)     Qual foi o retorno que tiveram com o DVD que fizeram? Você tem vendido ou utilizado mais como material de venda de shows?
O retorno foi gigantesco. Como disse acima, o primeiro ano com o material na mão foram vendidos 120 shows .Eu disse vendidos ! kkkkk. Agente opta por dar cds todo show, damos muitos cds todo show e deixamos o dvd mais pra contratantes, más claro que se um fã pedir tem sempre um la na maleta rsrsrsrs.... Os shows se multiplicam com estes cds. Podem ter certeza disto.
8)     Qual consideram ser a mídia preferencial de divulgação hoje em dia?
Hoje com certeza, pra quem tem pouca grana são as redes sociais, sem sombra de dúvida  e os cds... Não dá pra ficar sem distribuir o cds, As vezes ficamos sem cachê pra nao ficar sem cds....
9)     As rádios tem executado as músicas de vocês?
Até poucos meses atrás não! Mas acabamos de fechar uma parceria com a Alternativa que será de extrema importância pra banda, pro som começar a tocar agora em 2015...e também em Itabira na rádio Caraça FM onde está sendo executada a música "A Praia" e tem tido muitos pedidos pelo telefone
10)   Existem planos de gravação de músicas inéditas? Tem composto músicas novas? Conhecem os compositores de samba da região? Costumam procurar músicas com novos compositores?
Marcos, temos planos de um novo trabalho para out 2016 e queremos nesse novo dvd ter pelo menos de 4 a 5 músicas próprias.Fazer um dvd diferente mas nao posso falar muito agora pois é segredo rsrs. Estou compondo algumas coisas pra banda , más pra min tb tem sido algo novo compor samba rock. Ja tenho 3 pra este novo álbum e a minha primeira já tem vídeo clip e se chama "A Praia". Pretendo também colocar alguma do Infocus neste novo trabalho, quem sabe "O Caos" que tem um tema que não envelhece né? Infelizmente conheço poucos compositores de samba em nossa região , mas fica a dica pra quem for compositor e quiser nos mostrar algo. É so mandar no email souldusamba@gmail.com.
11)   Deixem contatos, endereços para ouvir as músicas de vocês, site, agenda de shows, contatos para quem quiser contratar a banda...
Para contratar ou pelo email souldusamba@gmail.com , pelo Zap. 31.94770358 ou pelo inbox do face https://www.facebook.com/souldusambamg/
Pra quem quiser ver o Video clip da Música A Praia - https://www.youtube.com/watch?v=WnmzYjJqZf0

sexta-feira, 8 de abril de 2016

O VIOLÃO MÁGICO DE AULUS RODRIGUES

Aulus Rodrigues é prova viva de que educação vem de berço. Nasceu em São Gonçalo do Rio Abaixo em uma família extremamente musical, onde teve as bases para se tornar um dos violonistas mais respeitados no país. Mas vamos a entrevista.

MEDIOPIRA – Aulus Rodrigues, como foi a sua infância musical. O que os seus pais ouviam?
Como você bem colocou na pergunta, minha infância foi musical, extremamente! Em casa a gente ouvia uma infinidade de coisa. Música clássica, rock internacional, música brasileira... Fui influenciado não só por meus pais, mas por toda família. Cresci ouvindo meu avó tocar em sua flauta músicas de Pixinguinha, Benedito Lacerda e Waldir Azevedo.

MEDIOPIRA – Como é que você começou a tocar?
Para mim foi algo natural e inevitável. Com um ambiente familiar extremamente musical, é praticamente impossível não tocar um instrumento. Até os 10 anos de idade eu não havia feito nenhuma aula formalmente, mas aos seis já tocava e cantava Raul Seixas, Titãs e Mamonas Assassinas.

MEDIOPIRA – Além do violão, domina outros instrumentos?
Toco saxofone também, em apresentações com o Grupo Musical Família Rodrigues.

MEDIOPIRA -  Também toca música popular, cantando ou acompanhando outros artistas ou foca apenas no violão clássico?
É quase impossível encontrar um violonista clássico que não toque ao menos um pouco de música popular, especialmente em um país como o Brasil, que tem uma cultura popular tão rica. Desde o início, direcionei minha formação e atuação profissional para a música clássica, é o que eu faço de melhor, mas eventualmente realizo sim alguns trabalhos com música popular.

MEDIOPIRA – Qual o suporte necessário para uma apresentação sua?
A melhor forma de ouvir um recital de violão é sem o uso de microfones ou quaisquer outros equipamentos de som. Mas para isso é necessário principalmente que o teatro tenha um bom tratamento acústico. Como nem sempre essa é a realidade, geralmente necessito apenas de microfone, pedestal e uma cadeira.

MEDIOPIRA – Em suas apresentações, você toca apenas música para o público especializado ou seus shows são acessíveis para as pessoas comuns?
Eu acho, na verdade, que não existe uma música que só o chamado público especializado é capaz de consumir e apreciar. O que acontece é que o acesso do grande público a qualquer manifestação artística fora dos parâmetros comerciais é completamente limitado e até mesmo desestimulado. Então o que eu procuro é justamente atrair um público cada vez maior para a música instrumental. Não é preciso ser nenhum especialista para entender e gostar dessa música.

MEDIOPIRA – Qual o cenário para o violão clássico hoje em dia? Tem demanda?
O espaço para o violão clássico no Brasil está cada vez maior. Basta observarmos a quantidade de festivais e séries de concertos dedicadas exclusivamente ao instrumento. Por outro lado, o número de bons violonistas também aumenta a cada dia, o que é excelente. No final das contas, como em qualquer estilo musical, cada violonista é que tem que conquistar o seu espaço e criar o seu público.

MEDIOPIRA – Dá pra ganhar dinheiro com o violão clássico?
Com certeza. Se você vê um violonista se apresentando em um palco, ele está trabalhando e, consequentemente, recebendo cachê. Outra possibilidade de renda é atuar como professor do instrumento em escolas de música ou mesmo em aulas particulares. Além disso, o violão pode se tornar também porta de entrada para outras atividades profissionais como produção musical, gestão cultural, realização de projetos, trabalhos em estúdios, consultorias na área de música, etc.

MEDIOPIRA – Para você, qual foi o ponto alto de sua carreira até agora?
Gostaria de destacar dois. O primeiro foi quando me apresentei pela primeira vez como solista de uma orquestra. Foi com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, no Grande Teatro do Palácio das Artes, sob a regência do maestro Roberto Tibiriçá.
Outro momento marcante foi a apresentação que fiz no Theatro Municipal de São Paulo, no concerto em comemoração aos 35 anos da Rádio Cultura FM. O concerto foi transmitido ao vivo pela rádio, teve cobertura da TV Cultura e o teatro ficou completamente lotado. Inesquecível!

MEDIOPIRA – Em quais lugares houve mais receptividade para a sua música?
Vez ou outra a gente percebe que o público está mais atento, com aplausos mais intensos, mas não saberia indicar especificamente os lugares onde isso aconteceu.

MEDIOPIRA – Você também é compositor ou só intérprete?
De vez em quando brinco de compor, mas fica tudo na gaveta.

MEDIOPIRA – Gosta de outros gêneros musicais?
Ouço bastante rock e mpb, mas não fico muito preso a gêneros não, se a música me agrada entra na minha playlist. Pode ser Beethoven, Caetano ou Metallica.

MEDIOPIRA – Você continua residindo em São Gonçalo. Qual é a sua relação com a cidade hoje. As pessoas reconhecem o seu valor? Ficou famoso na cidade?
Por se tratar de uma cidade muito musical, me sinto realizado por ter voltado a residir em São Gonçalo após o término dos meus estudos. Hoje eu sinto que minha maior missão é contribuir para o desenvolvimento artístico da cidade, realizando projetos, promovendo eventos, compartilhando conhecimentos e colaborando com os jovens músicos.

Quanto ao reconhecimento, São Gonçalo é super receptiva nesse aspecto. Tanto o poder público quanto a sociedade reconhecem o valor de todos os artistas da cidade.

MEDIOPIRA – Quais os projetos vem desenvolvendo e quais os sonhos para o futuro?
Junto à prefeitura eu coordeno a Escola de Música de São Gonçalo. Neste projeto atendemos mais de 280 pessoas, com aulas de diversos instrumentos e canto coral. Estou bastante envolvido também com o trabalho do Grupo Musical Família Rodrigues, que nos últimos anos tem focado no mercado de música para casamento.
Para o futuro desejo gravar o meu CD. Vamos ver se sai em 2017...

MEDIOPIRA – O que aconselha para quem quer se aprofundar no violão clássico?
Procurar um professor. Não existe atalho, tem que se dedicar e sempre buscar fazer o melhor.

MEDIOPIRA – Você é crítico ao atual momento da música ou acha que tem espaço para todos?
Quem produz uma boa música e trabalha com profissionalismo sempre terá boas chances de conseguir algum espaço, mas a batalha é desigual. A grande mídia só promove artistas e músicas que se enquadram num certo padrão por eles estabelecidos, se sua música não se encaixa neste padrão, as coisas ficam mais difíceis. Como consequência, os contratantes gastam milhões com artistas que nada trazem de novo e o que sobrar (se sobrar) fica para quem corre por fora. E o povo acaba ficando sem escolha, pois nada diferente lhe é oferecido.

MEDIOPIRA – Quem quiser contratar uma apresentação do Aulus Rodrigues deverá entrar em contato com quem? O custo é alto?

Para me contratar é só falar diretamente comigo. Em meu site tem os contatos. Quanto aos valores isso é negociado, mas garanto que é bem tranquilo, principalmente por demandar pouca estrutura.

MEDIOPIRA – Quem quiser se aprofundar no trabalho do Aulus Rodrigues pode acessar através de quais endereços virtuais?
www.aulusrodrigues.com

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