sexta-feira, 27 de maio de 2016

1º FESTIVAL DE INVERNO DE JOÃO MONLEVADE

Se tem uma cidade da região que tem tudo para fazer um ótimo FESTIVAL DE INVERNO é João Monlevade. Primeiro por ser uma espécie de capital regional, que recebe gente de toda a região há várias décadas. E pra reforçar ainda mais essa vocação cosmopolita, João Monlevade acabou se tornando um grande polo educacional, recebendo mais uma expressiva leva de estudantes que vem de diversas partes do pais. Só faltava iniciativa pra juntar essas pontas. Pois não falta mais. O Coletivo 7 faces( sempre ele) resolveu realizar o 1º FESTIVAL DE INVERNO DE JOÃO MONLEVADE que pode ser em pouco tempo o principal evento de João Monlevade, dado o seu potencial de crescimento e sustentabilidade. 
Serão 15 dias de festival, com uma programação bem recheada: intervenções, oficinas de teatro e artesanato, sarau, debates, palestras, luau, apresentações de dança e teatro, feira de artesanato e da gratidão, além de shows.
Em sua primeira edição, a organização conseguiu o básico para lançar a ideia e mostrar pras pessoas que é possível e vale à pena.
A escolha do tema da primeira edição do Festival é “Santo de casa faz Milagres”. Segundo a organização, num momento inicial a ideia é de valorizar e PRIORIZAR artistas da região, como já vem fazendo o 7 faces nos últimos 3 anos (além de valorizar a cena autoral e independente), O importante agora é somar forças com o maior número de entidades e instituições na construção do festival, sugerindo e/ou inserindo suas atividades na programação do festival.
O 1º Festival de Inverno de João Monlevade acontece entre os dias 18 de junho a 02 de julho, em diversos espaços da cidade (Praça do Povo, Praça 7 de Setembro, Praça do Lindinho, Câmara Municipal, Uemg, etc), e os únicos dias que em a programação não será 100% com artistas da região são os dias 18 de junho e 02 de julho (abertura e encerramento). No dia 18 de junho acontece o Dia da Música, inspirado pela “Fête de la Musique”, que surgiu na França há mais de três décadas e está presente em mais de 700 cidades em todo o mundo, o Dia da Música estimula o circuito de música independente no Brasil. O festival irá realizar shows de novos artistas em palcos de rua no Rio de Janeiro e em São Paulo e apoia uma rede de espaços e grupos dedicados à promoção de música autoral em todo o Brasil, e João Monlevade recebe pela primeira vez o Palco Dia da Música, abrindo a programação do Festival de Inverno com as seguintes atrações já confirmadas: Djambê (Belo Horizonte/MG), Letto (Rio de Janeiro), Ganga Bruta + Congadar (Sete Lagoas/MG) e o duo instrumental Confeitaria (Belo Horizonte).  O festival tem parceria da Quality Comunicação, UEMG, Prefeitura Municipal e Casa de Cultura e Câmara Municipal de João Monlevade. A programação completa do festival bem como parceiros e patrocinadores, serão divulgados nos próximos dias.

Para mais informações, acessem o blog do festival www.festivaldeinvernojm.blogspot.com, ou pelo facebook https://www.facebook.com/festivaldeinvernojm/ na página do festival.

sábado, 21 de maio de 2016

ENTREVISTA - NOVO DVD DO SOULDUSAMBA - EXCLUSIVA PARA O MEDIOPIRA


Esses caras resolveram misturar a energia do rock com o swing do samba e a mistura deu super certo. Depois de muita estrada, vão partir para a produção do segundo DVD. O mediopira conversou com o porta voz da banda. Vamos à entrevista.

1. Marquinhos, ficamos sabendo que o Souldusamba está preparando seu mais ousado empreendimento. O que vem por aí?

Rsrsr. até me arrepio em falar desse novo trabalho. Estamos juntando dinheiro desde outubro para fazer dessa vez algo que sempre sonhamos. Um dvd sem limites p sonhar nas ideias . Estamos preparando um novo dvd que ate agora tem o nome de soul du samba sunset! O nome pode mudar rsrs, mas tem tudo a ver com a nossa ideia que é gravar de dia e pegar o por do sol em um local muito bonito e um palco todo aberto sem teto para aproveitar ao máximo a belezura do local! O show de gravação será só para convidados , amigos , fas, familiares e contratantes. portanto vc que curte nosso trabalho dê seu jeito de curtir nossa fage, porque lá vamos sortear muitos convites.

2. O que vai ter de diferente nessa produção? O que dá pra adiantar pra galera?

O diferente é que os dois primeiros dvds foram gravados à noite em casas noturnas , com pouquíssimo orçamento e apenas com nossas ideias musicais. Este trabalho será gravado de dia , ao ar livre e a parte musical pela primeira vez teremos a assinatura de um produtor musical fera.

3. Esse DVD será gravado onde?

O local ainda não posso dizer , tem um local 97% fechado. Mas ainda não posso dizer porque o diretor de filmagem do dvd virá a joao monlevade visitar o local p dar o aval, pra ver se realmente cabe na nossa ideia Mas fica de suspense para as pessoas ficarem viajando onde diabos esses moleques vão fazer isto ....

4. Quem estará envolvido com a produção?

A produção musical que esta dando uma nova cara ao soul du samba e ao nosso show é o Luadson , tecladista e tb produtor musical da dupla Relber e Allan. O cara é fera . Conseguiu em poucas reuniões entender o que era o soul du samba e reunir as ideias para deixar o trabalho mais comercial e com uma cara própria. Estamos no inicio da produção. Algumas musicas já prontas , mas posso dizer que vai ficar foda e a galera vai se surpreender! Nesse trabalho teremos uma pequena banda de apoio com ele nos teclados , um baixista e uma percussão p pressão ficar mais pesada kkkkkkk

5. Vai ter diretor de vídeo, roteirista?

O responsável pela direção de imagens é a empresa Cambalache filmes, que vem se destacando em BH com grandes trabalhos musicais. A galera é fera e tem as características que estávamos procurando p este trabalho. Ontem mesmo lançaram um clip lindo do cantor sertanejo Thiago di Melo chamado “Pra sempre”- vale a pena conferir! Tem ate global na parada rapaz ! Rsrs muito bom

6. Quando vocês vão gravar?

Marcamos a gravação para o dia 08 de outubro ! Se nada mudar será este será um dia mega especial p nos

7. Vai ter músicas próprias ou só covers?

O repertório foi algo difícil de escolher viu puxa vida! Na primeira reunião tinha mais de 100 musicas kkkkkkkk. A sorte que o Luadson entrou no meio e pelas características do show que queríamos ele soube organizar as ideias. E sim , claro temos essa divida conosco mesmo de ter no minimo 3 ou 4 próprias. já que os outros dois trabalhos não tinham! Mas o que podemos dizer que a energia da primeira turne estará de volta nesta terceira ! Queremos um show bem radio hit onde vamos abrir a boca e o resto deixa pra galera cantar que fica mais bonito. Kkk Depois de 2 cds e dvds e mais de 200 shows acreditamos que sabemos realmente agora como fazer um show bem marcante ! E é isso que vamos fazer!

8. Vai ter participações especiais no DVD?


As participações são segredos kkkk mas sim terão! E serão muito especiais mesmo rsrs!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

MARÇAL FILHO DE ITABIRA

O MEDIOPIRA desta semana traz o Itabirano Marçal Filho. Marçal é multi pra caramba, poeta, compositor, produtor cultural, militante da causa artística, mais um quixote para a nossa legião. Ah...ele também é homem de mídia, apresentador de um programa de TV na cidade de Drummond. Mas vamos à entrevista...

1) - O fantasma de Drummond assombra vocês?

Na verdade, não posso falar por todos, mas no meu caso, considero o fantasma de Drummond bonzinho, mesmo porque, seu estar no mundo, seu postar frente à vida era de uma simplicidade a toda prova e sendo o monstro sagrado que foi e é, certamente não seria um fantasma pentelho porque se o dito cujo assim o fosse ou se comportasse, o poeta, sem dúvida o repreenderia.

2)– É difícil fazer poesia, fazer arte na terra do poeta maior?

Não diria que é difícil, mas certamente é de uma responsabilidade absurda, a poesia de Drummond é incomparável, mas acho que cada um tem seu livre arbítrio de criar e alguns leitores agradarão e outros não. Com Drummond, não foi diferente.

3)- O que constitui a sua poética? Quais as suas influências?

Apesar de muita gente me considerar um poeta, até hoje sinceramente não acho que sou. O que sou mesmo é um rabiscador de versos. Leio muita gente admiro muitos poetas, assim como tem muitos que não me agradam, mas procuro dentro da medida do possível rabiscar minhas coisas do meu jeito, tento ser livre das influências para ser o mais verdadeiro possível.


4)– Como é que foi esse casamento da poesia com a música?  As duas coisas vieram juntas?

Não. A música veio primeiro, aprendi os primeiros acordes tocando cavaquinho, meu pai ensinou-me os primeiros acordes aos quatro anos de idade, sou péssimo instrumentista até hoje, nunca consegui aprender, mas tocar um pouquinho ajudou-me na criação das canções, a poesia surgiu na adolescência, mas é como falei, são coisas simples que traço no papel, mas como nem todas as pessoas são perfeitas (risos) consigo encontrar algumas que gostam.

5)–Como está o cenário da literatura em Itabira nos dias de hoje? Quem você citaria como expoentes, além de você mesmo.

Itabira é realmente um celeiro artístico. Tem muita gente envolvida com a arte de maneira geral e no campo da Literatura, temos alguns escritores e poetas dos quais gosto muito. Para citar alguns: Saulo de Oliveira Campos, Marcos Henrique Camilo (Gacê), José Eustáquio Lage Moreira, José João de Brito e Rosemary Penido de Alvarenga.

6)–E o cenário musical? Tem belas revelações?

Sim, tem uma rapaziada nova aí fazendo bonito, o pessoal da Banda Curva de Gauss, Igor Venal, Karlo Cabeça, além dos veteranos que continuam na ativa.

7)– Como está a fruição musical de Itabira hoje? Tem belas vitrines? Belos espaços para a moçada mostrar seus trabalhos?

Temos espaços perfeitos e de sobra, no entanto, pouco explorados, entende?
A previsão é de que a partir de 2017, as coisas fluirão melhor. Estamos trabalhando incansavelmente para isso.


8)  – Os itabiranos preferem trabalhos autorais ou se comportam como na maioria das cidades, preferindo os covers que os trabalhos autorais?

Parece que isso é regra geral, diria que aqui não difere do contexto, acho que a proporção é de 90 contra 10% infelizmente.

9) – Você também tem destacado trabalho de militância cultural. Conte um pouco desse trabalho pra gente.

Rapaz essa é uma luta de alguns aqui e é datada de muitos anos. Só para você ter uma ideia há 20 anos a gente vem discutindo sistematicamente com o poder público a necessidade de maior apoio à classe artística, ajudamos a criar a AMITA “Associação dos Músicos de Itabira”, também ajudamos na fundação da ASPI “Associação dos Poetas e Escritores Itabiranos” e mais recentemente a AILE “Academia Itabirana de Letras” depois de muita insistência e vários nãos pela frente, os horizontes a partir de 2013 começaram a clarear e temos boas perspectivas futuras.

10)– Como a prefeitura e a fundação cultural de Itabira tem se relacionado com a classe. Tem sido uma relação tranquila e fértil?

Tranquila acredito que sempre foi, mas fértil, nem tanto, a que se fazer muito ainda, mas uma coisa é certa continuaremos mais firmes que nunca.
  
11)– Quais as conquistas do movimento de vocês em termos de benefícios duradouros para a classe?

Recentemente Fundamos a Frente Popular da Cultura Itabirana e graças a ela foi instituído pelo prefeito atual o Sistema Municipal de Cultura, bem como a criação do Conselho Municipal de Políticas Culturais e o Fundo Municipal de Cultura, sem dúvida, são instrumentos fortes e ferramentas que muito nos ajudarão de agora em diante.
  
12)–Quais são os principais projetos em que você está envolvido hoje?

Do ponto de vista pessoal estou envolvido com a criação de um projeto chamado Poemas & Piano nas Escolas do Brasil, também estou escrevendo 4 romances ao mesmo tempo,coisa de maluco, (risos) e pretendo gravar ainda esse ano um CD autoral chamado: “Nossa Majestade o Samba”.
Do ponto de vista coletivo pretendemos voltar com o projeto Samba, Viola e Poesia, Tarde MPB, Rebelião Cultural e com o FEMAM “Festival de Música da AMITA”

13)– Você vive da arte ou tem outra profissão pra garantir o pão de cada dia?

Devido ter começado minha vida profissional muito novo, estou aposentado há 18 anos e a arte para mim é tão necessária como o ar que respiro, por isso apesar dos percalços, sou insistente. (risos)


14) - Ficamos sabendo que seu filho também é músico e dos bons. Como é que você se sente como boa sementeira, trazendo ao  mundo um filho artista, que também tem alma e vocação artísticas?

Sinto-me um privilegiado, um felizardo de verdade, a musicalidade do Marcelo é algo inexplicável e perto dele sou apenas um mero aprendiz.

15)- Como você enxerga o atual panorama da música. Há espaço para a música de qualidade? O que o artista tem de fazer para procurar e encontrar sua turma?

Atualmente a coisa anda desanimadora (risos), mas espaço sempre houve e há, todo mundo tem seu público, acho que o advento da Internet facilitou muito as coisas. O que o artista tem que fazer é buscar esse nicho para a divulgação do seu trabalho, afinal a boa música nunca morre e na verdade de uns anos para cá, ela foi deixada meio de lado porque a grande mídia está pouco se lixando com a qualidade, só pensam mesmo em faturar, nada mais.



16) - Você hoje apresenta um programa de TV em Itabira. Fale um                  pouco sobre a experiência 

De fato há um ano e pouco fui convidado pela Prefeitura de Itabira a  apresentar o Programa Expressão Itabirana, na TV Cultura de Itabira, um programa de entrevistas, que na verdade é um Programa da AMITA, “Associação dos Músicos de Itabira” e tem por filosofia apresentar a arte e os artistas locais. Gosto muito do Programa e acredito que está agradando, pois os artistas e a comunidade itabirana tem prestigiado muito. É um programa muito simples, mas tem a cara de nossos artistas e de nossa gente.

17 – Conhecemos o Newton Baiandeira há muito tempo nos festivais, um compositor extraordinário. A cidade se preocupa com a preservação do trabalho dele? Tem preocupação com as memórias além do Drummond?

Infelizmente muito pouco se fez com relação à memória do grande Newtinho, fizeram uma estátua para ele e deram o nome de um coreto numa praça da nossa cidade, no entanto, a grandeza de sua obra merece bem mais que isso. Centenas de artigos, canções e poemas, muita gente sequer sabe que existe. A filha dele está desejando montar um Projeto de ampla divulgação do seu trabalho, nos procurou para que o façamos, estamos amadurecendo essa ideia. Acho que valerá a pena com certeza!

18. Movimento Trial, o que é? Fale-nos um pouco dele.

O Movimento Trial foi idealizado pelos artistas Marcos Gacê e Marcos Santos e hoje é constituído por um grupo de artistas itabiranos, poetas e compositores que se juntam de vez em quando para desenvolver um trabalho bem elaborado do ponto de vista poético/musical, não se trata de uma Banda, mas de um movimento livre onde todos podem participar desde que o façam baseado na tríade: Amizade, Idealismo e Arte e que essa arte realmente tenha o máximo de qualidade possível. Ganhamos alguns prêmios em festivais de MPB pelo país. Não temos nada gravado profissionalmente ainda, a proposta futura é a gravação profissional de um CD bem elaborado e desejamos realizar uma turnê pelos teatros do país e quem sabe internacional!
Deixe seus contatos, dos seus projetos, redes sociais, etc.

Quem desejar conhecer um pouco do nosso trabalho pode acessar o Blog:

Luz de Aldebarã.
josemarcalfilho.blogspot.com/

Site Recanto das Letras:

SoundCloud: de Marçal Filho ou Marcos Gacê

You Tube: TV Cultura de Itabira - Programa Expressão Itabirana
https://www.youtube.com/watch?v=nAREh1644Tw

Minha página no Face: Marçal Filho

sexta-feira, 6 de maio de 2016

ALESANDRA PEGA E FAZ...

O MEDIOPIRA dessa semana entrevista uma Alvinopolense arretada: a artista plástica ALESANDRA ALVES. Gosto de gente que pega e faz e Alesandra encarna muito bem esse espírito. Ela não fica esperando comando.  Capta as coisas no ar, assunta e faz acontecer. Seu ótimo trabalho é reconhecido em diversas cidades da região e por isso ela está sempre engajada em algum projeto artístico cultural.  Mas vamos à entrevista!

MEDIOPIRA - Como você percebeu que tinha o dom para as artes?

Alesandra - Desde muito cedo convivo com o mundo das Artes. E o fato de sempre ter tido o apoio e o incentivo da minha família, permitiram que eu não desistisse.

MEDIOPIRA– Como é que foi o seu aprendizado na arte?

Alesandra- Ainda estou aprendendo... É  um aprimoramento contínuo. Por ser autodidata, as pessoas acreditam que as coisas aconteçam como que por magia. Enganam-se. Aprendemos com os livros e as revistas, aprendemos com nossas vivências e experiências, aprendemos com o outro que por quaisquer motivos cruzam o nosso caminho, enfim, aprendemos a fazer fazendo, sem ter medo de errar, sem ter medo de recomeçar.

MEDIOPIRA– O que você faz é arte ou artesanato?

Alesandra- Faço os dois. O conceito de Arte é muito abrangente e engloba inclusive o Artesanato. A grosso modo, a diferença entre Arte e Artesanato é a seguinte: A Arte está mais relacionada às emoções,sentimentos e percepções do indivíduo que a cria, enquanto o  Artesanato é um conjunto de técnicas que possibilita a confecção de inúmeras peças muito parecidas. Transito entre os dois universos.

MEDIOPIRA– Como você definiria o seu estilo?

Alesandra-O meu estilo é não ter estilo. (risos)

MEDIOPIRA - Você prefere o concreto ou o abstrato para trabalhar?

Alesandra - Gosto do concreto. Materiais e matérias me fascinam.

MEDIOPIRA– Você utiliza o computador de alguma forma ou seu trabalho é todo manual e orgânico?

Alesandra- É quase impossível trabalhar sem a ajuda das diversas tecnologias que nos cercam. Especialmente para pesquisa e estudo. Não conseguimos evoluir se não estivermos em harmonia com o meio.

MEDIOPIRA- Você além de artista, tem grande facilidade em ensinar. Como é esse seu trabalho de passar conhecimento?

Alesandra - É muito prazeroso. É uma troca fantástica. Quando compartilhamos o que sabemos, sempre somos gratificados. Partilho meus conhecimentos sobre artesanato nas instituições onde presto serviço, atualmente na APAE  João Monlevade, em oficinas e cursos para empresas e instituições particulares, em projetos de extensão de universidades, festivais e projetos artísticos/culturaise a todo aquele que até mim vier em busca de um aprendizado. Cada vez que isso acontece , o que aprendi é aprimorado.

MEDIOPIRA– Você já fez exposições exclusivas de seu trabalho? Qual o suporte necessário?

Alesandra-Sim, já participei de exposições individuais e coletivas. Não é necessário muita coisa, apenas o transporte do material a ser exposto, o local adequado e suportes para as peças(cavaletes,mesas,etc.)

MEDIOPIRA- Muitos encaram a arte como hobby, nunca como profissão. O que você tem a dizer sobre isso? 

Alesandra-Como profissão, como hobby, como terapia, para embelezar, para encantar, para não enlouquecer. Não importa o motivo, causa ou razão. O importante é fazer Arte.

MEDIOPIRA– Existe a arte pela arte, aquela que vem de dentro...e a arte utilitária, feita sob encomenda para objetivos de decoração ou mesmo de marketing. Qual dessas você prefere?

Alesandra - Isso é como pedir para uma mãe escolher qual o seu filho preferido. Tenho necessidade das duas. A Arte pela Arte me dá enorme prazer, me sinto mais viva, mais vibrante. A Arte utilitária me proporciona renda. As duas se completam, uma permite que a outra viva cada dia melhor.

MEDIOPIRA– Você é alvinopolense, mas trabalha muito em Monlevade e em outros lugares também. 
Qual o segredo para transitar por tantos “universos” e ser respeitada em todos?

Alesandra-É segredo, não vou contar! Brincadeirinha! Acredito que o respeito é uma via de mão dupla. Somos respeitados à medida que respeitamos nossos pares.

MEDIOPIRA– Como é a sua relação com a cidade natal? Tem o devido reconhecimento por lá?

Alesandra - Tenho meu umbigo enterrado lá (risos). Amo as minhas raízes, meus familiares moram lá, além de que não há um só lugar no mundo que tenha um povo como o alvinopolense. Alvinópolis é um enorme celeiro cultural. Aprendi e  ainda aprendo muito com os artistas de lá, boa parte do que produzo, uso como matéria prima a chita, produto genuinamente alvinopolense. Então, como não amar? Quando ao devido reconhecimento, não tive, não tenho e não quero ter, nem  lá ou em qualquer outro lugar. E quer saber o por que¿ Porque é o desafio que me move, a inquietação, a constante busca da auto-superação. E, quando acreditamos que somos devidamente valorizados o encanto se perde, ficamos  estagnados e passamos a viver  do passado, daquilo que um dia fomos, daquilo que um dia fizemos.

MEDIOPIRA- O que você aconselharia a um pai ou mãe, cujos filhos manifestam o dom para a arte, seja ela qual for?

Alesandra-Permitam que eles tenham acesso a todo tipo de Arte, pois ela tem o poder de transformar um indivíduo, uma sociedade inteira. Incentivem e acreditem no potencial de seus filhos. E sempre que possível ofereça-lhes Arte, como quem oferece um alimento saboroso, pois quem prova do gostinho da Arte, certamente terá uma vida mais significativa.

MEDIOPIRA– Deixe seus contatos, site, facebook, telefone, email, propaganda que quiser fazer...

Alesandra- alesandralves@yahoo.com,br  e facebook.com/alesandramargarida.alves.

E pra finalizar...uma pequena galeria de trabalhos da Alesandra. O conjunto que ela criou para o FESTICHITA em Alvinópolis foi marcante... 














E pra completar, algumas artes aleatórias